Resenha Literária – Morte no Internato, Lucinda Riley

Título: Morte no Internato | Título Original: The Murders at Fleat House
Autora: Lucinda Riley | Páginas: 384
Ano: 2022 | Gênero: Ficção; Policial | Editora: Arqueiro | Compre aqui

A inspetora Jazmine Hunter está passando por um momento delicado de sua vida e, por conta disso, resolveu mudar de cidade e até desistir de sua carreira na polícia. Após um tempo afastada de tudo, seu chefe entra em contato e diz que ainda não aceitou a sua demissão e pede para que ela aceite pelo menos esse último caso, pois ela é uma das melhores inspetoras que ele tem.

Sentindo-se um pouco desconfortável em aceitar a proposta, Jazz diz que vai dar uma olhada, e é nesse momento que acaba se envolvendo completamente com o caso. O que a princípio parecia ter sido uma morte acidental, se transforma em uma suspeita de assassinato!

A morte do aluno Charlie Cavendish na Escola St. Stephen abalou a todos, mas após algumas investigações, Jazz descobre que o rapaz fazia bullying com alguns alunos, era um pouco desrespeitoso com todos, e que um professor e o diretor faziam vista grossa.

A investigação complica quando um funcionário do colégio é encontrado morto e um aluno desaparece. Duas mortes no mesmo colégio e um desaparecimento, justamente do aluno que sofria bullying de Charles. Realmente tudo está ficando muito estranho, muito complicado e com muitas pistas, mas elas não se encaixam e surgem muitas suspeitas!

Todos estão extremamente abalados, e estranhamente algumas pessoas parecem ter motivos para ter matado Charlie, mas e o outro funcionário? Teria sido um suicídio ou mais um assassinato? Haveria alguma conexão?

A história possui uma ótima ambientação, um pouco de suspense, um toque de mistério, alguns segredos do passado e todo esse conjunto maravilhoso conseguiu prender a minha atenção até a última página sem ser cansativa, pois nem percebi que li quase quatrocentas páginas em dois dias.

Os personagens são bem construídos, me importei com cada um deles e me envolvi nas suas histórias, mesmo no caso dos personagens secundários.

Um destaque para a detetive Jazz, uma mulher forte, pé no chão e excelente profissional, uma personagem inesquecível. O enredo é muito bem elaborado, com muitas pistas interessantes e, durante a leitura, tudo vai se encaixar como um perfeito quebra-cabeça genial e complexo.

O final foi realmente maravilhoso e super recomendo.

Nota: Esse livro foi escrito pela Lucinda Riley em 2006, mas nunca chegou a ser lançado. Após o seu falecimento, seu filho enfrentou o dilema ao tomar a decisão de lançar esta obra.
Tenho certeza que os fãs da Lucinda, amaram esse decisão e curtiram cada página dessa história.
Seria muito interessante se houvesse a continuidade da série com a inspetora Jazz Hunter, escrita pelo filho da Lucinda. Quem sabe?

Vamos falar um pouco da parte técnica do livro?
A capa possui aplicação de verniz (brilho) no título. A diagramação interna é graciosa e muito bem cuidada. As páginas foram impressas em papel off-white, o que suaviza a leitura e não cansa os olhos, com tipologia adequada o que facilita a leitura. O livro possui 384 páginas, dividas em prefácio, prólogo, trinta e três capítulo, epílogo e agradecimentos.
Parabéns para a editora Arqueiro pelo maravilhoso trabalho.

Trailer:

Capas estrangeiras:
        

Sobre a autora: Lucinda Riley nasceu na Irlanda e, após uma carreira inicial como atriz de cinema, teatro e televisão, escreveu seu primeiro livro aos 24 anos. Suas obras já foram traduzidas para 37 países, vendendo mais de 40 milhões de exemplares, e continuam a emocionar leitores de todas as culturas no mundo inteiro. Sua série As Sete Irmãs, inspirada na mitologia da famosa constelação, é um fenômeno global, com mais de 25 milhões de exemplares vendidos. Além de As Sete Irmãs, a Editora Arqueiro publicou A garota italiana, A árvore dos anjos, O segredo de Helena, A casa das orquídeas, A carta secreta, A garota do penhasco, A sala das borboletas, A rosa da meia-noite e Morte no internato, assim como Graça e o Anjo do Natal, em coautoria com seu filho Harry Whittaker. Lucinda faleceu em 2021, cercada pela família, em sua casa.