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21 de julho de 2013

Resenha Literária – O Espadachim de Carvão, de Affonso Solano

Resenha - Capa OEspadachim de CarvãoTítulo: O Espadachim de Carvão
Autor: Affonso Solano
Editora: Fantasy – Casa da Palavra
Páginas: 256
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Sinopse: Filho de um dos Quatro Deuses de Kurgala, Adapak vive com o pai em sua ilha sagrada, afastada e idolatrada pelas diferentes espécies do mundo. Lá, essa entidade de olhos brancos e pele cor de carvão cresce com todo o conhecimento divino ao seu dispor, mas consciente de que jamais poderá deixar sua morada. Ao completar 19 ciclos de idade, no entanto, isso muda. Sua ilha é invadida por um misterioso grupo de assassinos e Adapak se vê forçado a fugir para sobreviver. Nesta fuga ele terá de se expor aos olhos do mundo pela primeira vez. Na busca pela identidade daqueles que desejam a morte dos Deuses de Kurgala, Adapak colocará em prática todos os conhecimentos adquiridos, inclusive a técnica de combate que estudou durante toda sua vida. Em uma luta de sobrevivência e devoção, Adapak terá de confrontar toda a sua pureza nascida do isolamento com um mundo desconhecido, que ao mesmo tempo em que o venera, deseja sua morte.

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Quando recebi o livro, a capa chamou logo a minha atenção porque remeteu a temas de super heróis e jogos e fui logo para a minha cadeira preferida me aventurar na história fantástica criada pelo Affonso Sollano.

O personagem principal do livro é Adapak, uma jovem entidade de dezenove ciclos, com olhos brancos como leite, pele cor de carvão e filho de um dos Quatro Deuses de Kurgala. Adapak foi criado por seu pai em uma ilha e não teve quase nenhum contato com o mundo, conhecendo apenas algumas poucas pessoas. Um dia, tudo muda quando a ilha é invadida e uma tragédia acontece. Adapak luta bravamente pela sua sobrevivência e segue em busca de respostas sobre o que realmente está acontecendo e o porque dele estar sendo perseguido.

O Espadachim de Carvão

Acompanhamos Adapak em sua jornada cheia de intrigas, aventuras e muitas lutas espetaculares. Entrelaçado nas história temos vários momentos onde descobrimos mais sobre o passado de seu povo, sua cultura e suas crenças. Com o tempo, tudo vai se encaixando e os mistérios vão sendo revelados.

"No pescoço da criatura pendia um cordão de couro simples, cuja ponta segurava uma espécie de cristal esverdeado em forma de meia-lua. O pequeno artefato parecia ter sido amarrado de forma improvisada, com fios puídos cruzando entre si e ocultando parte da superfície.”
(pág. 10)

O Mundo criado pelo autor é bem detalhado e o personagem principal atravessa vários conflitos, tanto físicos quanto psicológicos, numa aventura onde ele precisa aprender a diferenciar os amigos dos inimigos. Será que ele vai ter forças para descobrir toda a verdade?

O Espadachim de carvão é uma leitura que flui rapidamente e que, no final, deixa aquele gostinho de quero mais.

Vamos falar um pouco da parte técnica do livro?
A capa combina perfeitamente com tema de fantasia e aventura. Nas orelhas do livro, temos uma breve sinopse e um pouco sobre o autor. A diagramação é bem cuidada, as páginas são creme e impressas em papel Lux Cream 70g/m2 o que suaviza a leitura e não cansa os olhos. A fonte utilizada foi a Electra LT Std, com um bom tamanho e margens adequadas. Cada começo de capítulo possui um pequena ilustração.
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Affonso Solano
Sobre o autor: Affonso Solano trabalha como ilustrador e storyboarder para a TV Globo, TV Record e diversas agências de publicidade. É colunista do site TechTudo e criador do site e podcast Matando Robôs Gigantes (MRG), hoje incorporado ao grupo Jovem Nerd

27 de abril de 2013

Resenha Literária – Filhos do Fim do Mundo, de Fábio M. Barreto

Filhos do Fim do MundoTítulo: Filhos do Fim do Mundo
Autor: Fábio M. Barreto  
Editora: Fantasy – Casa da Palavra
Páginas: 288
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Sinopse:
Na data marcada para o fim do mundo, todas as crianças nascidas nos últimos 12 meses morrem misteriosamente. Um repórter que cobria os preparativos para o “evento”, deixa sua esposa grávida em casa, partindo para uma perigosa missão investigativa, onde descobre que terá de enfrentar grandes desafios para proteger aqueles que ama. Em Filhos do Fim do Mundo, acompanhamos a saga de um repórter tentando se equilibrar entre sua função de pai e jornalista em meio ao apocalipse. As catástrofes externas se misturam com a tensão psicológica do personagem em um envolvente romance que vai encantar os amantes de ficção.





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O relógio marcava meia-noite e cinco minutos do dia 21 de dezembro de 2012 e crianças começam a morrer em todo o planeta e ninguém sabe ainda o motivo. Como se não bastasse, plantas e animais também estão morrendo em todos os locais.
As pessoas estão em pânico, muitos perderam seus filhos, todos estão fragilizados e assustados, o risco de escassez é evidente.

"Sua mulher e a enfermeira gritavam a mesma coisa.
Seu filho estava morto.
Todas as crianças da maternidade estavam mortas. Todas.
Atrás dele, o relógio marcava meia-noite e cinco minutos. A luz verde do calendário eletrônico brilhava com ar fúnebre. Eram os primeiros minutos do fim do mundo."
(pág. 14)

Um plano mundial de emergência foi posto em prática: telefones e internet bloqueados, televisores com as mesmas reportagens da hora anterior, filas gigantes em frente aos supermercados, bancos fechados, exército na rua. As pessoas estavam revoltadas, querem uma explicação! A confusão está estabelecida e pela primeira vez em séculos o dinheiro não vale nada!
A população está desesperada e está disposta a tudo para descobrir a verdade.
Seria realmente o fim de tudo? Como reagir em um momento de caos como esse?

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O Repórter, personagem central da trama, cobre os acontecimentos e acompanha de perto toda a tragédia que assola o mundo, tentando correr contra o tempo para descobrir o que realmente está acontecendo. Como sua esposa está grávida e o nascimento do seu filho está próximo, ele também quer descobrir o que causou tudo isso e, quem sabe, salvar a vida do seu filho que está para nascer, assim como a vida de outras crianças. 

Uma interessante ficção que se desenvolve de forma rápida e intensa, onde observamos o ser humano em seu pior momento, lutando pela sobrevivência, sem pensar nas consequências dos seus atos e de suas palavras. O curioso nessa  trama é que os personagens não possuem nomes, eles são apenas: o Repórter, o Governador, o Blogueiro, o Major e muitos outros, mas em nenhum momento isso atrapalha a leitura.

Durante a leitura, a história me fez lembrar dos filmes: Filhos da Esperança (Children of Men), O Nevoeiro (The Mist) e Contágio (Contagion).

Vamos falar um pouco da parte técnica do livro?
A capa combina com o tema do livro e as letras do título possuem uma aplicação de verniz e um sutil alto relevo. Nas orelhas do livro, temos uma breve sinopse e um pouco sobre o autor. A diagramação é simples e bem cuidada, as páginas são creme o que suaviza a leitura e não cansa os olhos. A fonte possui um tamanho bom e as margens são adequadas.
O livro possui 288 páginas divididas em 06 capítulos, além da apresentação, prefácio, prólogo, agradecimentos e epílogo.


Avaliação: 
4 estrelas

Fábio M. BarretoSobre o autor: Fábio M. Barreto é escritor, jornalista e cineasta. Criado nas redações de O Estado de S. Paulo e Jornal da Tarde, dedicou a carreira à indústria do entretenimento. Trabalhou e publicou conteúdo em grandes veículos de imprensa como Sci-fi News, CNN e Brainstorm #9. Entrevistou grandes nomes da indústria de Hollywood, de J.J. Abrams a Neil Gaiman, e foi responsável pela criação de JediCon e do SOS Hollywood. Nerd de carteirinha e especialista em ficção científica, hoje é membro de um dos podcasts de cultura pop mais famosos da internet brasileira, o RapaduraCast. Atualmente, vive em Los Angeles, Califórnia.